Representação artística detalhada de galáxias com distorções em espaço de redshift e lentes gravitacionais mostrando influência de forças além da gravidade

Por décadas, o universo guardou um segredo persistente e desconcertante: a grande maioria de sua substância permanece invisível. Batizada de matéria escura, sua existência é associada a sinais indiretos, como o movimento inesperadamente veloz de estrelas nas galáxias ou as imagens distorcidas de galáxias distantes por lentes gravitacionais. Porém, até hoje, nenhum cientista jamais viu, ouviu ou detectou nada dessa matéria por métodos diretos. O que se sabe? Apenas o que permanece invisível ainda assim afeta tudo ao redor.

Mas existe uma hipótese tão radical quanto elegante: e se esse componente desconhecido não for apenas invisível, mas também reagir a forças além da gravidade? Uma espécie de “quinta força” atuando de modo furtivo e até aqui imperceptível? Recentes experimentos buscam respostas, usando medições combinadas para observar, com o maior rigor científico possível, se a matéria escura realmente obedece apenas à gravidade convencional, como dita a equação de Euler, ou se há indícios de algo além.

O dilema da natureza invisível da matéria escura

A cosmologia moderna enfrenta um impasse fascinante. De tudo que se pode medir no cosmos, aproximadamente 30% da densidade total do universo está na forma de um componente misterioso e não luminoso, cuja real substância ainda escapa à compreensão, conforme explicado em estimativas dinâmicas do INPE.

Há décadas se acumula evidências de sua presença, por exemplo, pela forma como galáxias se comportam e rotacionam. A velocidade das estrelas, quando medida a diferentes distâncias do centro galáctico, se mantém surpreendentemente alta, contrariando previsões do que deveria acontecer caso apenas a matéria visível estivesse presente. Uma breve olhada em curvas de rotação galácticas bem documentadas por centros acadêmicos basta para ilustrar esse descompasso.

Galáxias com distorção por lente gravitacional.

Além do comportamento das galáxias, há distorções sutis em imagens de aglomerados distantes, como se o universo fosse visto através de lentes naturais gigantescas. Todos esses fenômenos tão diferentes compartilham uma explicação convincente: existe uma substância ainda desconhecida, que molda o universo silenciosamente.

Nada disso seria detectável sem prestar atenção aos movimentos e à luz desviada no cosmos.

Equação de euler: o ponto de partida para testar as forças

Ao admitir que exista esse componente invisível, os físicos precisam fazer escolhas. O que se supõe tradicionalmente é que a matéria escura atua apenas por meio da força da gravidade, seguindo a equação de Euler, que descreve o movimento de fluidos sob influência de campos gravitacionais. Essa hipótese implica que ela se move e colapsa em poços de potencial gravitacional do mesmo modo que outros fluidos clássicos, exceto pela ausência de pressão significativa.

Porém, e se essa suposição estiver errada? A matéria escura poderia ter propriedades mais exóticas. Talvez ela responda a interações desconhecidas, uma “quinta força” que, apesar de fraca ou restrita, esteja fora do arsenal das interações fundamentais conhecidas, gravitacional, eletromagnética, forte e fraca.

Não se sabe como a matéria escura interage de verdade

Apesar dos avanços teóricos e de milhares de experimentos, a ciência ainda carece de respostas sobre a real natureza das interações da matéria escura, seja com ela mesma ou com o restante do universo.

  • Nunca foi detectada de forma direta em laboratório, nem em aceleradores ou detetores subterrâneos.
  • Não emite, absorve ou reflete luz, tornando sua detecção convencional impossível.
  • Todo conhecimento até agora advém de sinais indiretos: movimentos celestes anômalos, distorções de luz, padrões de formação de galáxias.
Ilustração de detector de partículas científico.
“Ver” a matéria escura não é, até hoje, uma possibilidade.

Essa limitação leva os cientistas a formular hipóteses baseadas nos efeitos gravitacionais observados e experimentar formas inovadoras de buscar algo além, um traço, uma pista de interações não gravitacionais agindo sobre esse componente.

Hipóteses sobre a quinta força: a dúvida permanece

Se a matéria escura tiver outras formas de interagir, essas seriam uma extensão audaciosa do que se conhece da física de partículas e da cosmologia. Não haveria como saber antecipadamente sua “cara” exata, seja uma força repulsiva, atrativa, dependente apenas da distância, ou até de propriedades inusitadas, como spin ou carga hipotética.

O essencial é: atualmente, as teorias de física de partículas e modelos cosmológicos aceitam como ponto de partida que a matéria escura não experimenta nenhuma força além da gravidade. Mas esta é uma hipótese de trabalho. Abrir espaço para possibilidades exóticas não é apenas válido, mas necessário para que o conhecimento avance.

Estudos voltados à natureza e interação da matéria escura buscam respostas para a composição, formação e interações desse componente cósmico, e frequentemente tocam nesse ponto: pode haver algo além do que se assume?

Como testar a existência de forças além da gravidade?

Sem uma “visão direta”, o caminho experimental é engenhoso. Cientistas propõem técnicas para comparar dois tipos de medições, cada uma sensível a diferentes aspectos da física de grandes estruturas do universo:

  1. Medições de velocidades de galáxias (usando distorções em espaço de redshift).
  2. Medições do poço gravitacional de Weyl (a partir de efeitos de lentes gravitacionais).

O que ocorre é que, se a matéria escura não obedecer rigorosamente à equação de Euler, a relação entre esses dois tipos de medidas será “quebrada”. Assim, qualquer desvio medido nessa relação pode trair a existência de uma força adicional, só detectável via cosmologia.

Galáxias em poço gravitacional de Weyl.

Esse método é considerado direto e minimamente dependente de modelo: ele analisa a relação fundamental entre as dinâmicas observáveis ao invés de inferir propriedades da matéria escura apenas com base em cosmologia de fundo, distância angular ou alterando a equação de Poisson.

Aqui, a física é testada no próprio palco do universo.

Metodologia: o dueto entre lentes gravitacionais e taxas de crescimento

Como são realizadas as medições? O método consiste em olhar para grandes regiões do universo, por referência, “fatias de redshift”, ou seja, intervalos de distância e tempo cósmico. Para cada faixa, três passos são seguidos:

  • Medir a velocidade coletiva em que galáxias caem em potenciais gravitacionais (usando redshift e distorções angulares).
  • Medir a profundidade do poço gravitacional em que essas galáxias estão “caindo” (usando o desvio por lentes gravitacionais fracas, o chamado poço de Weyl).
  • Comparar essas grandezas, buscando desvios sistemáticos ou inconsistências.

Combinação de levantamentos astronômicos

Para obter dados precisos e não enviesados, cientistas combinam várias amostras oriundas de grandes levantamentos celestes:

  • O Dark Energy Survey (DES) fornece dados de lentes gravitacionais de altíssima precisão.
  • Diversos levantamentos espectroscópicos internacionais contribuem com taxas de crescimento de estruturas em sequência histórica do universo, mapeando a evolução das galáxias ao longo do tempo.

É nessa etapa que o rigor estatístico se impõe. Os valores dos parâmetros físicos de interesse são extraídos usando interpolação spline, um método que permite “desenhar” curvas suaves sobre dados fragmentados sem incorrer no risco de superajuste. O critério do mínimo de Akaike, conhecido e validado na literatura estatística, serve para evitar conclusões exageradas a partir de dados ruidosos ou esparsos.

“A força extra, se existir, não pode se esconder nos detalhes estatísticos.”
Tela com gráficos e análises de dados astronômicos.

O parâmetro γ (gamma): quantificando a força extra

O elemento central é o parâmetro γ (ou, em alguns modelos, Γ): ele mede a relação entre a possível força extra e a força gravitacional sentida pela matéria escura. Se γ=0, nada além da gravidade está influenciando o movimento do componente invisível.

Em todos os quatro intervalos de redshift analisados (z ∈ [0.3, 0.8]), os valores obtidos para γ ficaram sempre próximos de zero, o que, até onde se pode afirmar pelos dados atuais, aponta para nenhuma violação significativa da equação de Euler no comportamento da matéria escura.

  • Se γ for positivo, implica uma quinta força adicional e atraente, agindo em conjunto com a gravidade.
  • Se γ for negativo, implica uma força extra repulsiva, agindo contra o colapso gravitacional.
  • Qualquer valor moderado de γ já exigiria revisão profunda na física de partículas e da gravidade.

Quais são os limites atuais?

Segundo os resultados combinados e publicados recentemente, os dados limitam a possível quinta força positiva a no máximo 7% da gravidade, e a negativa até 21%, isto é, a força extra não pode ultrapassar aquela fração relativamente pequena em relação à gravidade tradicional. A física, por enquanto, continua majoritariamente “newtoniana” e relativística para essas escalas.

Se γ for diferente de zero, a física mudaria.

Premissas do modelo: confiança e limites

Todo experimento dessa envergadura repousa sobre hipóteses. Entre as principais adotadas estão:

  • Validade da relatividade geral para escalas analisadas.
  • O espectro de potência da matéria segue o esperado para matéria escura fria (cold dark matter).
  • Se uma quinta força existe, ela deve ser irrelevante em tempos remotos, caso contrário as estimativas iniciais de densidade e temperatura cósmica não se encaixariam nas observações do fundo cósmico de micro-ondas.

Essas condições servem de referência para garantir que quaisquer desvios em γ não surgem de erros de interpretação teórica ou problemas com modelos cosmológicos de fundo, mas sim refletiriam verdadeiros indícios de nova física.

Ilustração do universo primordial.
As regras de fundo do universo são, até aqui, obedecidas.

Por que esse método é tão robusto?

Há várias razões pelas quais esse teste direto, usando a comparação de velocidades coletivas e do potencial de lentes, é considerado altamente confiável:

  • É agnóstico quanto ao tipo exato de “quinta força”: não assume sua fórmula, nem precisa prever os mediadores ou características matemáticas detalhadas, apenas que sua influência seja diferente de zero.
  • Evita degenerações: não depende da equação de Poisson modificada ou parâmetros que confundem energia escura dinâmica com efeitos sobre a matéria escura.
  • Foca diretamente nos movimentos e potenciais observáveis: qualquer discrepância é diretamente atribuída a física nova atuando sobre o componente obscuro.

Por isso, um valor distinto de zero para γ evidenciaria, sem ambiguidade, a existência de força extra atuando sobre matéria escura, não confundível com energia escura dinâmica, nem com modificações cosmológicas de fundo.

Nada disso depende de suposições específicas sobre partículas desconhecidas.

O que dizem os experimentos recentes?

Os levantamentos ópticos e espectroscópicos atuais permitem analisar essa “quebra da equação de Euler” em quatro intervalos de redshift, que equivalem a diferentes períodos da história do universo. Para cada um, o valor extraído do parâmetro γ permanece compatível com zero:

  • Fatias em z de 0.3 a 0.8 testadas mostraram limites rígidos para qualquer força extra.
  • A precisão estatística já permite descartar a maior parte dos modelos mais exóticos de interações relevantes entre matéria escura.

A tecnologia atual, ainda assim, não pode excluir forças fracas (abaixo de alguns poucos por cento da força gravitacional) ou interações dependentes de escala, espaço ou tempo, apenas restringi-las.

Projetos descritos, por exemplo, no estudo do Observatório Nacional sobre mecanismos de produção de matéria escura e a constante de Hubble mostram como novas abordagens experimentais podem impulsionar investigações sobre as interações entre esse componente e as tendências globais de expansão cósmica.

Pesquisador em laboratório astronômico.
A ciência avança refinando as perguntas e testando corajosamente as respostas.

O futuro dos testes: mais precisão, novas fatias do universo

Novos levantamentos, com volume de dados jamais visto, prometem revolucionar esse tipo de análise. Dois projetos ganham destaque:

  • Legacy Survey of Space and Time (LSST) do Vera C. Rubin Observatory: será capaz de mapear bilhões de galáxias, em faixas cada vez mais distantes de redshift, ampliando o alcance e a precisão dos testes diretos.
  • Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI): fornecerá espectros detalhados para milhões de objetos, permitindo ancorar medições dos poços gravitacionais e velocidades em escalas amplas e inéditas.

A expectativa é que, com esses novos dados, se possa restringir a quinta força a apenas 2% da gravidade em cada faixa de redshift, ou seja, qualquer desvio desse patamar será inequivocamente revelado pelas observações das próximas décadas.

Estudos sugerem capacidade de medir desvios entre 3% e 6% em cada faixa de redshift dentro do intervalo z ∈ [0.51, 1.35], tornando quase impossível que qualquer força relevante escape da detecção.

A precisão se tornará aliada da curiosidade.

Dependência em escala: um novo horizonte

Outra perspectiva empolgante reside na busca de dependências em escala: forças exóticas podem atuar apenas em distâncias muito grandes, envolvendo grandes aglomerados, ou apenas localmente entre partículas individuais. Com dados mais densos e abrangentes, será finalmente possível buscar esses efeitos sutis.

Grupos internacionais já discutem metodologias que aproveitem a diversificação dos levantamentos e dos instrumentos, analisando com lupa de precisão crescente cada fatia do cosmos.

A matéria escura pode estar se escondendo não apenas no invisível, mas também no inesperado.

A busca global e alternativas experimentais

A curiosidade sobre a matéria escura levou a abordagens experimentais inovadoras. Por exemplo, o Observatório Nacional participa da rede GNOME, que tenta captar possíveis “passagens” de matéria escura pela Terra, monitorando variações nos campos magnéticos.

  • Essas abordagens complementam a busca por interações não gravitacionais, ampliando o leque de sinais pesquisados e possíveis descobertas.
  • Se um sinal for encontrado em algum experimento terrestre ou celeste, será preciso analisá-lo à luz dos limites estabelecidos pelos testes diretos em escalas cosmológicas.

As possibilidades são amplas, variando de partículas massivas, ondas de energia escura, até topologias exóticas de campos ainda não postulados. Qualquer indício concreto, porém, exigirá confirmação cruzada entre várias linhas experimentais, teóricas e observacionais.

O universo é laboratório antes de ser resultado.

Impacto teórico de uma nova força

Detectar uma “quebra” da equação de Euler teria consequências profundas. Não seria apenas a soma de forças conhecidas mais uma. Isso obrigaria a repensar leis fundamentais da física, como o princípio da equivalência ou a forma das equações de movimento em grandes escalas.

Além disso, distinguindo de forma robusta forças que atuam exclusivamente sobre matéria escura, não haveria risco de misturar os efeitos observados com variações da energia escura ou mudanças no tecido do espaço-tempo em si. Seria uma revolução conceitual com potencial para redefinir nuvens fundamentais das ciências naturais.

Basta um único desvio confirmado para mudar o entendimento do cosmos.

Obstáculos e dificuldades no caminho científico

Vale lembrar: cada restrição imposta pelos experimentos depende de modelos, calibrações, simulações computadorizadas, e um grande volume de trabalho humano. Incertezas sistemáticas, vieses amostrais e até limitações tecnológicas podem, eventualmente, atrasar ou obscurecer sinais reais, retardando ou precipitando descobertas.

  • O próprio conceito de matéria escura ainda tem resistências: talvez o universo seja diferente do que aparentemente indica, como sugerem debates contemporâneos sobre possíveis alternativas à gravidade tradicional.
  • Por outro lado, se for encontrada uma força extra, o desafio se tornará ainda maior: será preciso identificar, caracterizar e compreender sua origem e fenômenos associados.

No fim, a ciência continua a ajustar métodos, ampliar colaborações e cultivar um ceticismo refinado. Errar é parte do processo, e acertar também.A busca, portanto, segue.

O desconhecido é o combustível da física.

Relevância maior: implicações cósmicas e tecnológicas

Além do lado puramente teórico, compreender a natureza da matéria escura pode mudar para sempre nossa compreensão sobre o destino e a estrutura do universo.

  • Dependendo das descobertas, até a constante de Hubble, parâmetro da expansão cósmica, pode ser reinterpretada.
  • Modelos evolutivos de galáxias, formação de estruturas, e até tentativas futuras de manipular tecnologias baseadas nesses princípios poderiam surgir dessa nova física.

O conhecimento não acontece em vácuo. É revisitado a cada nova geração de telescópios e experimentos, como mostram as pesquisas sobre desenvolvimento e colaborações em astrofísica e interações fundamentais.

A próxima resposta pode estar mais próxima do que se imagina...

Conclusão: o que os dados nos contam hoje

Atualmente, todas as evidências disponíveis indicam que não há violação detectável da equação de Euler para a matéria escura nos intervalos de tempo/densidade analisados. O universo, visto sob as lentes cruzadas de velocidades de galáxias e profundidade dos poços gravitacionais, permanece fiel ao arsenal das forças tradicionalmente conhecidas.

As restrições atuais são rígidas, mas não finais. Novas gerações de experimentos despontam no horizonte. As ferramentas desenvolvidas, combinando precisão estatística, diversidade de observações e métodos agnósticos, já preparam o caminho para, eventualmente, detectar interações exóticas, caso existam, conforme os dados de próxima geração estiverem disponíveis.

O silêncio do cosmos pode ser apenas momentâneo. A matemática espera, e observa.

Universo vasto com efeitos de lente.

Perguntas frequentes sobre matéria escura e forças além da gravidade

O que é matéria escura na física?

Matéria escura é um tipo de componente do universo que não emite, absorve ou reflete luz, sendo portanto invisível a todos os instrumentos tradicionais de detecção eletromagnética. Seu efeito é percebido apenas por meio das interações gravitacionais, principalmente no movimento de galáxias e na formação de estruturas cósmicas. Embora componha cerca de 30% da densidade total do cosmos, sua composição e suas propriedades ainda permanecem em mistério. A matéria escura é estudada tanto por físicos de partículas quanto por cosmólogos, como descrito em diversos projetos científicos.

Como a matéria escura interage com a gravidade?

A matéria escura interage com a gravidade do mesmo modo que a matéria comum, influenciando e sendo influenciada por poços gravitacionais. Ela está presente na equação de Einstein da relatividade geral, contribuindo para a curvatura do espaço-tempo e, assim, afetando a dinâmica de galáxias, aglomerados e a formação de grandes estruturas no universo. Suas interações gravitacionais explicam efeitos como as curvas de rotação galácticas e as lentes gravitacionais vistas em observações astronômicas.

Existem outras forças além da gravidade?

Na física tradicional, reconhecem-se quatro forças fundamentais: gravitacional, eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca. Entretanto, algumas teorias sugerem a existência de uma “quinta força” que agiria apenas sobre certos componentes, como a matéria escura, de modo ainda não detectável. Até o momento, não há confirmação experimental da existência de uma força extra relevante além da gravidade atuando sobre a matéria escura, mas a busca persiste via métodos diretos e indiretos.

Quais testes diretos já foram feitos?

Testes diretos envolvem métodos como a comparação entre a velocidade das galáxias ao caírem em potenciais gravitacionais e a profundidade desses poços, determinada por lentes gravitacionais. Medições recentes, utilizando dados de levantamentos como o Dark Energy Survey e amostras espectroscópicas, restringem a possibilidade de uma força extra sobre a matéria escura a, no máximo, 7% da gravidade. Essas análises utilizam técnicas avançadas de estatística, como interpolação spline e seleção do mínimo de Akaike, para evitar falsos positivos e delimitar os valores do parâmetro γ (gamma).

Por que a matéria escura é importante?

A importância da matéria escura está em sua influência fundamental na formação, estabilidade e evolução das galáxias e das estruturas em larga escala do universo. Sem ela, modelos cosmológicos atuais não conseguiriam explicar a rapidez com que galáxias giram, o agrupamento de matéria durante a evolução cósmica ou as distorções observadas em lentes gravitacionais. Entender a matéria escura implica entender o funcionamento profundo das leis da física e até o destino futuro do próprio universo, conforme abordado em projetos de pesquisa do CBPF.

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Sergio Sacani Sancevero

Sobre o Autor

Sergio Sacani Sancevero

Sergio Sacani Sancevero é um entusiasta do universo da astronomia e da exploração espacial, dedicando seu tempo à divulgação científica e à análise de descobertas e avanços no campo aeroespacial. Apaixonado por compartilhar conhecimento, Sergio busca aproximar o público das maravilhas do cosmos, traduzindo conteúdos complexos em uma linguagem acessível para todos os interessados no tema.

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